sábado, 7 de maio de 2011

Relato da minha primeira semana de estudos por conta própria!

Olá pessoas!

Como prometido vou contar a vocês como foi essa semana!

Em duas palavras: MUITO PROVEITOSA!

Vejam como são as coisas (ou como a minha vergonha na cara começou): na quinta-feira passada eu estava na aula de inglês e meu professor abriu seu coração (Teacher Gus, te amo querido! Você é fera!) e começou a dizer como é que ele tinha se tornado professor de inglês.

Tudo começou quando ele ganhou uma bolsa de estudos da Cultura Inglesa aos 13 anos com a seguinte condição: ele tinha que ser o melhor aluno da classe! E assim ele levou o curso de inglês todo com essa determinação, até chegar nos níveis de proficiência! No ensino médio, ele fez o curso técnico de elétrica e logo fez a engenharia elétrica. No meio da faculdade, ele resolveu sem nenhum compromisso, prestar vestibular para Letras na Federal e passou, tocando as duas faculdades ao mesmo tempo! Quando ele começou a trabalhar como engenheiro elétrico percebeu que, por mais que a profissão tivesse um ganho muito bom, não o satisfazia, pois o contato interpessoal era mínimo. Se formando em Letras, largou o emprego de engenheiro elétrico e foi para a Inglaterra. Depois de uns meses voltou e começou a sua carreira de professor, passando por várias escolas de inglês aqui em Curitiba até voltar à Cultura.

Então eu pensei... Ele ralou um bocado para ir atrás do que gostava e eu (como muita gente também) aqui, meio que esperando que um curso acelere e faça a extraordinária mágica de me aprovar no Rio Branco. Nós ficamos admirados quando vemos uma pessoa conseguir algo melhor para si mesmo quando todas as circunstâncias estão contra ela, mas muitas vezes não levamos para nossas vidas a lição da superação porque a pessoa em questão é distante de nós... Mas a coisa muda quando é com alguém perto da gente! E foi aí que caiu definitivamente a minha ficha!

Na Sexta-feira, abro o meu email com a notícia de que o curso do IDC tinha sido realmente cancelado e por óbvio já fiquei possessa! E pensando o que iria fazer...Na mesma noite, abri um blog ALTAMENTE INDICADO chamado ESTUDOS DIPLOMÁTICOS, e vasculhando, vi alguns vídeos do William Douglas sobre essa coisa de como estudar para concursos, questão de tempo de estudos... Mais uma inspiração.

E pensei comigo durante aquela sexta-feira: quer saber de uma coisa... Que se f*da, vou estudar por conta própria! Chega de depender da boa vontade alheia! Passei o fim de semana montando uma nova grade horária e esperando ansiosamente a segunda-feira para botar a minha empreitada de estudos em prática.

E assim, vendo essa semana que passou, lhes digo! Sim, é possível estudar sozinho! É claro que a autodisciplina tem que ser quase que espartana. Um verdadeiro sacerdócio. Mas dá! Tudo que você tem que ter mente é essa palavrinha aqui:

PRIORIDADE

É! Digo isso porque facilmente conesguimos arranjar desculpas para não fazer o que temos que fazer como "tenho que ir ao banco","tenho que ir ao supermercado"... Tudo para enganar nós mesmos!

E vem a questão... E o tempo?

Cheguei a conclusão de que não devemos subestimá-lo. Tem 15 minutos todo dia? Ainda é tempo! Nem que seja para ler algumas páginas (e quem sabe matar aquela questão bate-pronto que pode aparecer na prova!)

Acho que a questão primordial seja o pensamento de que tempo existe. O que muitas vezes não existe é planejamento do tempo.

Aí, vem alguém e me diz: Ah! Mas você fala isso por não tem que se bancar por conta, mora com os pais e tal...

Ok isso ajuda, mas se eu não estiver realmente determinada não me serve de nada. O concurso é dificil para todos. Ele não vê a sua idade, o seu estado civil, suas necessidades pessoais nem sua condição. A prova estará lá... E é você que escolhe em se submeter a ela ou não.

Dito isso, como é que eu estou fazendo para estudar?

De segunda a sábado, me interno numa biblioteca (para mim decididamente estudar em casa não funciona) e reservo o horário que já estava previsto no quadro de estudos (façam esse quadro! É muito importante!). Como temos oito matérias que compõem o TPS, pego duas matérias por vez (de segunda a quinta fecho todas). Na sexta e no sábado eu escolho o que estudar (4 das 8 matérias). Comecei a estudar pelos manuais do candidato, que é a nossa primeira ferramenta, já são voltados para a nossa preparação e por lógica, pelo menos para uma primeira fase, eles vão se basear em grande parte no manual do candidato, pois não há mais bibliografia indicada por eles e os manuais são o que mais se aproximam do conteúdo do edital.

Eu leio em torno de 10 páginas (que dependendo do manual, pega 2 ou mais pontos) e faço um esquema detalhado e lendo novamente, porque são nos detalhes que a prova pega! Demoro? Sim, é trabalho de formiguinha e tem que quebrar a cabeça, ler com muita atenção, pois os textos não são tão didáticos para quem não é da área, mas é bom pra gente quebrar a cabeça, porque senão não aprende! Eu fico aproximadamente 1h30 minutos fazendo um resumo do que eu li, mas assim que eu termino e leio ao final, eu tenho a certeza de que compreendi a matéria. Não adianta absolutamente nada se gabar de ler 100 páginas num dia e depois ter aquela impressão incômoda... Putz... Não me lembro de (quase) nada! Lembrem-se que todo esse conhecimento tem que estar fresco até ano que vem, até a prova! Assim sempre tem que revisar e ler algo complementar para agregar. Em outras palavras: toda essa gama de conhecimentos adquiridos tem que ser perene!

De acordo com meus cálculos, estarei terminando de ler e resumir todas as apostilas (com exceção das de português e demais línguas, pois exigem um método diferente de estudos que eu ainda estou vendo como é que eu vou fazer para estudar!) em agosto/setembro. Daí é partir para exercícios, revisões e leitura complementar até o dia da prova. E dou meu conselho precioso: se possível, volte para a biblioteca da sua faculdade (principalmente se ela tiver cursos das humanas) ou se cadastre numa boa biblioteca e vá descobrir livros das matérias do edital. Tem muita coisa boa!

Tem um artigo que eu acho altamente indicável que vocês leiam. Ele se chama "A SÍNDROME DE DEPENDÊNCIA DO PROFESSOR". E se encaixa bem no nosso caso. Os cursinhos para a carreira diplomática exploram o fato de que o nosso edital abrange uma gama enorme de conteúdos e incutem na cabeça do pessoal de que é impossível estudar tudo! O autor desse artigo (Renato Amaral) nada mais fez que passar no vestibular da FUVEST 4 vezes em 4 cursos concorridíssimos (Direito, Medicna, Administração e Biologia (quando era treineiro)), provando que SIM, É POSSÍVEL ESTUDAR SOZINHO! E baseado nessa experiência, ele escreveu um livro chamado "Vestibular sem medo", pela editora FTD. Eu até cheguei a ler esse livro há muito tempo atrás, antes até de prestar vestibular e indico para vocês!

E se ele pôde num vestibular em que quase 150.000 pessoas se inscrevem... Nós podemos também!

Bom fim de semana para vocês!

3 comentários:

  1. Força menina !!!

    Começei a estudar sozinho esse ano também, no ano passado fiz o GH- Grupo de Humanidades e tenho o material e áudios das aulas. Havendo interesse posso passa-los a você.

    Eu li o livro do Willian Douglas e me motivou muito, me ajudou a enfrentar as pressões acerca desse sonho.

    Tendo tempo podemos conversar por e-mail ou skype para nos ajudarmos.

    Meu e-mail é douglas_de_siqueira@yahoo.com.br

    Abraços.
    Douglas Siqueira.

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  2. ..texto fantástico!!!

    A parte "me interno numa biblioteca" foi a melhor...kkkkkkk!!!

    parabéns pela iniciativa!

    Boa sorte!

    Hudemberg Melo

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  3. Também estou estudando por conta própria para o concurso de 2012. Sou bastante disciplinado para estudar, então me adapto bem a esse tipo de empreitada.. mas me sinto meio "ilhado", sem noção da concorrência e do meu nível real. Acho que vou fazer pelo menos algumas matérias no Clio telepresencial de Vitória (não sei se existe outro por lá). Ah, parabéns pelo blog, gostei muito! Bons estudos pra você!

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