sábado, 1 de outubro de 2011

O FIM!

Além da certeza da morte e dos impostos, acrescento mais uma: todo mundo muda praticamente o tempo todo! Já repararam que, por mais que tenhamos certeza de muitas coisas, a gente nunca sabe como será o dia e muitas vezes nem o "eu" de amanhã? Quem lhe garante que uma convicção ou mesmo uma idéia sua sobre algo não possa ser mudada por suas reflexões amanhã?

Confesso a vocês que a Andréa de hoje, que está postando este post em especial, é, certamente bem mais madura e realista daquela mera sonhadora de pouco tempo atrás, que é diferente daquela de 5 anos atrás e por aí vai.

A quem interessar possa: SIM, eu estou abrindo mão do meu objetivo de ser diplomata.

Já dizia Augusto Cury que "sonhos não são desejos, são projetos de vida". Ser diplomata é um excelente projeto de vida? É. Mas como tudo, tem também seus poréns e eu tive que pesar as coisas, decidindo de vez o curso da minha vida. E o tempo não pára para ouvir nossas razões e consertar nossos corações.

Conclui então que meu projeto de vida é um bom cargo público (que não necessariamente o de diplomata), com um conforto financeiro razoável. Nada extraordinário a princípio. E nesse novo caminho que estou a abrir, sei que meu esforço me parece mais palpável e certo de êxito a um médio prazo. Aquela sensação de que dá para chegar lá. Coisa que nas atuais condições, na empreitada que agora deixo para que outros desbravem, beirava à completa incerteza e a uma sensação incômoda de pressão e grande desespero.

No final das contas, refletindo bastante, percebi que eu tinha só o desejo, mas não o sonho. Eu tinha só a mera pretenção, não o arrebatamento. Dito isso, não subestime o poder dos sonhos. TENHA ALGUM SONHO, PORQUE SENÃO VOCÊ PODE ACABAR VIRANDO UM ESPECIALISTA EM DESTRUIR OS SONHOS DOS OUTROS!

Se eu vou voltar ou não a desejar e estudar para ser diplomata? Não sei.


Muito provavelmente muita gente está com aquela cara de "isso não pode estar acontecendo".

Mas está.

O fim chegou.


Só me prometam que não ficarão tristes, lindos! Estou em boas mãos num preparatório para um concurso na área federal, que não vou dizer qual é até eu passar, então não me mandem emails a esse respeito porque eu terminantemente NÃO vou responder. Já deixo isso como aviso e promessa.

De qualquer forma eu quero agradecer (muito) a todas as pessoas que compartilharam um pouquinho das suas vidas e experiências aqui e também por ser a voz incentivadora que faltava para muitos daqueles que desejam fazer da carreira diplomática o seu projeto de vida. Quero só deixar um singelo registro de que, para mim isso não foi simplemente um blog, mas um lugar que construí com muito carinho (e que me possibilitou conhecer pessoas incríveis) e que teve o alcance que eu gostaria que tivesse: o de ajudar candidatos ao CACD. Não irei mais atualizar o blog, mas vou deixar ele aqui para quem quiser consultá-lo.

Por fim, mesmo não sendo nada chegada a coisas religiosas, mas tem uma passagem bíblica que a meu ver é uma das coisas mais verdadeiras que já tive o prazer de ler. Um beijo enorme para vocês! Com muito amor!

Andréa

Livro 3 de Eclesiastes
Existe um tempo próprio para tudo, e há uma época para cada coisa debaixo do céu:
um tempo para nascer e um tempo para morrer; um tempo para plantar e um tempo para colher o que se semeou;
um tempo para matar, um tempo para curar as feridas; um tempo para destruir e outro para reconstruir;
um tempo para chorar e um tempo para rir; um tempo para se lamentar e outro para dançar de alegria;
um tempo para espalhar pedras, um tempo para as juntar; um tempo para abraçar, um tempo para afastar quem se chega a nós;
um tempo para andar à procura e outro para perder; um tempo para armazenar e um para distribuir;
um tempo para rasgar e outro para coser; um tempo para estar calado e outro tempo para falar;
um tempo para amar, um tempo para odiar; um tempo para a guerra, e um tempo para a paz.
O que é que uma pessoa realmente obtém com o seu esforço?
Pensei nisto em relação às várias espécies de trabalho que Deus dá à humanidade.
Tudo tem o seu tempo próprio. Mas ainda que Deus tenha posto no coração do ser humano a ideia da eternidade, mesmo assim o homem não consegue atingir inteiramente o propósito das obras de Deus, desde o princípio até ao fim.
Por isso concluí que, primeiramente, não há nada melhor para o ser humano do que ser feliz e gozar da vida, tanto quanto puder;
em segundo lugar, que deve comer, beber e desfrutar do fruto do seu trabalho, pois estas coisas são um dom de Deus.
Uma coisa sei eu, é que tudo quanto Deus faz é perfeito, é para sempre - nada se lhe pode acrescentar ou tirar; e a intenção de Deus é que as pessoas temam o Deus todo-poderoso.
 Aquilo que acontece agora, no presente, tanto como o que vai acontecer mais tarde, já se produziu no passado. Deus faz com que os fatos se repitam.
Observei também isto sobre a Terra: é que a maldade reina onde o direito deveria ser aplicado e onde deveria ser feita justiça.
E disse para comigo: Com certeza que no momento próprio Deus julgará tudo quanto faz o ser humano, tanto o bem como o mal.
E assim dei-me conta que Deus permite que o mundo continue no curso do pecado para poder testar a humanidade, e para que os próprios homens verifiquem que não são melhores do que os animais.
Pois tanto estes como aqueles, ambos respiram o mesmo ar, ambos morrem. É assim que a humanidade não tem vantagens reais sobre os animais. Eis outra coisa absurda!
Tudo vai ter ao mesmo lugar - todos são pó e ao pó voltarão.
Quem pode provar que o fôlego do homem vai para cima e o dos animais fica no pó da terra?
É dessa forma que eu constatei que não há nada melhor para o homem do que ser feliz no seu trabalho; é esse o seu quinhão na terra; ninguém o fará voltar à vida para ver o que acontecerá depois dele; por isso, que disfrute do presente!

PLUS ESPECIAL: Reach - Gloria Stefan